sexta-feira, 18 de junho de 2010

Voltas

Eu ando por ai com sedes afetivas, com fomes questionáveis e dores calmantes
Eu passo pelo mundo arrastando o que me foi dado, tirado, afetado, mal colocado.
Eu procuro as voltas do mundo, as rotas orbitais, os cruzeiros os rodeios
Eu gasto meu tempo com demoras, com histórias, com metáforas fora de hora
Eu espero o milagre em mim. Jogar fora toda essa pobreza, que eu me reconheça... Cresça!
Pobreza de afeto, de amor mal amado refeito ao concreto
Da hipocrisia que me cerca me afeta e impregna minha rotina.
Rotina legendária, refeita sobre papiros do novo mundo
Não quero pensar que errei ao me deixar levar
Deixei-me levar ao saber que era errado!
O errado não é nada mais que o certo quando desejamos que o fosse
Nós, seres humanos, adoramos brincar de ser Deus
Quando temos a oportunidade de nos governar, brincamos...
Eu sei que existo, me provo! Ele brinca, testa, mas não se prova... Me renova.
Prometo não vou falar de Deus. Ele sabe se existe ou não!
Prefiro falar das flores, dos colírios, dos delírios, dos Lírios...
Flor é pedaço de gente ou traço do Deus?
Prometi não falar, mas colírio melhor nunca vira os olhos meus
Delírios são febres do corpo, aparece ao se despir ao poucos ou pode ser só coisa de louco.
Lírios? Ah, os lírios...
Quero mais mil suspiros, dilatar minha pupila, bombear meu sangue quente
Vou por esse mundo questionando, procurando, descobrindo, observando gente
Passo por aqui como quem veio buscar o que ficou
Sou um ser comum com medo de tudo. Vai de bicho papão ao que sai da minha mente
Eu tenho medo da morte, da sorte, da vida, do azar
Eu quero me perder, me encontrar e despertar.
Eu procuro por mim sem saber se me perdi
Eu vou prefiro pensar que sim, pois quem sabe então ao me achar, recomeço do fim .

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