sexta-feira, 27 de julho de 2012

Breu.

Eu peço que vá.
Não me espere pro almoço
Deixei as flores regadas
As gavetas estão postas.
(De solidão)


Eu peço que fique!
Me apareceu em momento oportuno.
Mas não deixe que meus olhos te iludam
São olhos de medusa.


Não me confundam, as duas fontes.
São águas defronte da outra, em mesma nascente.
É o espelho torto com ferrugem no verso
Não me vou com nenhum dos gestos.


Esse baú estava inabitado.
Não havia tesouro, jóias, riquezas.
É uma falta de fineza vasculhar a solidão alheia.
Não peço que me compreenda em palavras
(Sou boa na devastação)


Hora sou demônio
Hora dou vexame 
Outrora fui revolta
Hoje estou sem nome


Consegue me classificar?
Pode ouvir onde meu peito se escondeu?
Vê o brilho que meus olhos ofuscam?
Me enxerga, mesmo que no escuro?














Janta

Fica um certo ar...
Uma leve brisa a questionar
É o mundo que virou do avesso?
Em qual esquina?

A duplicidade das coisas...
Uma linha tênue entre o trágico e o drama
Tem um tom de esquecimento
Tem o toque da lembrança

Ficou por aqui o choque da vontade
Tem se instalado a vertente do contrario
E eu me vejo pensando em ciclos
Onde foi parar?

Toda aquela erraticidade...
Não volte se puder
Não fique se eu pedir
Vá se não quiser
Espere se preciso

E eu digo, não!
Não vou lhe fazer o que me fizeram
Não vou consolar suas dores
Não vou ficar para o jantar

Já está tarde lá fora
Escuro aqui dentro.
Eu digo Adeus.
Com maiúscula pra não ter dúvida.