Tive que esconde-lo dentro de mim, e matá-lo constantemente
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terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Só por hoje
Tive que esconde-lo dentro de mim, e matá-lo constantemente
sábado, 11 de agosto de 2012
Depressões da superfície
Opaco.
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Breu.
Não me espere pro almoço
Deixei as flores regadas
As gavetas estão postas.
(De solidão)
Eu peço que fique!
Me apareceu em momento oportuno.
Mas não deixe que meus olhos te iludam
São olhos de medusa.
Não me confundam, as duas fontes.
São águas defronte da outra, em mesma nascente.
É o espelho torto com ferrugem no verso
Não me vou com nenhum dos gestos.
Esse baú estava inabitado.
Não havia tesouro, jóias, riquezas.
É uma falta de fineza vasculhar a solidão alheia.
Não peço que me compreenda em palavras
(Sou boa na devastação)
Hora sou demônio
Hora dou vexame
Outrora fui revolta
Hoje estou sem nome
Consegue me classificar?
Pode ouvir onde meu peito se escondeu?
Vê o brilho que meus olhos ofuscam?
Me enxerga, mesmo que no escuro?
Janta
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Colírio
Ó meu bem, eu já não sei mais como desculpar
Como passar por cima dos meus caprichos
Quero soltar esses bichos que me comem por dentro
É que esse vento deixa a gente meio descoberto
Me cubra somente os pés e me deixe com o resto
Amasse as cartas nunca escritas, apague essa dor
Coloque o disco riscado que te dei como prova do meu amor
Já que de nada vai valer esse delírio, eu lhe aconselho um colírio
Abra teus belos olhos castanhos, os humanos são estranhos, meu amor
Quem lhe disse que sou intolerante?
Eu tenho apenas critérios meio conflitantes
Aos teus olhos meus atos são exagerados
E quem é que vive nesse mundo se não confrontar os conformados
Amasse as cartas nunca escritas, apague a dor
Coloque o disco riscado que te dei como prova do meu amor
Já que de nada vai valer esse delírio, eu lhe aconselho um colírio
Abra teus belos olhos castanhos, os humanos são estranhos, meu amor
Coração
Olha que um dia eu vou me cansar
De tanto ter que esperar
Uma dose de um drinque qualquer
Quero um veneno de rato ou de gente
Mas que não mate de repente pra que eu possa
Deixar tua cama vazia, derradeira melancolia em cacos esmigalhados
E esses fios rotineiros que enlaçam meu sufoco vadio
Que se fechem no teu quarto, um parto a cada segundo
O buraco do mundo
Que teu violão se enforque com as cordas
Onde tua guitarra já não sola mais
Em tua garganta fira sua intragável desatenção
Ó meu bem, se é pra escolher um batuque
Eu escolho o do meu coração