Olha que um dia eu vou me cansar
De tanto ter que esperar
Uma dose de um drinque qualquer
Quero um veneno de rato ou de gente
Mas que não mate de repente pra que eu possa
Deixar tua cama vazia, derradeira melancolia em cacos esmigalhados
E esses fios rotineiros que enlaçam meu sufoco vadio
Que se fechem no teu quarto, um parto a cada segundo
O buraco do mundo
Que teu violão se enforque com as cordas
Onde tua guitarra já não sola mais
Em tua garganta fira sua intragável desatenção
Ó meu bem, se é pra escolher um batuque
Eu escolho o do meu coração
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